Malhando o Coração.



Coração...
Ah coração...
Eita músculozinho pra dá trabalho.
Mas, como todo músculo, ele precisa ser treinado, exercitado, condicionado...
O coração pode dar trabalho, mas nada como exercita-lo, para extrair dele melhores 

rendimentos.
Quando era menina e meu coração era ainda muito imaturo, eu vivia cem por cento a 

mercê de suas inclinações e desejos.
A vida emocional era como uma roda gigante na velocidade de uma montanha russa.
Eita coração pra dar trabalho...
Eu era movida pelo meu coração em várias direções ao mesmo tempo, na velocidade de 

seus batimentos.
Depois de viver muitas emoções, percebi que elas, não são suficientes, queremos mais.
O homem quer mais do que ser levado de um canto a outro o tempo todo, nós queremos 

escolher onde parar, onde pousar.
No fundo a liberdade que queremos não é de fazer tudo que o nosso coração deseja, 

queremos controlar aquilo que ele deseja.
Foi então que percebi, ou eu aprendo a controlar minhas emoções e guiar meu coração pra 

onde desejo, ou passarei o resto da vida sendo controlada pelas minhas emoções sendo 

aprisionada muitas vezes, em lugares que já não desejo mais estar.
Exercitar meu coração dando a ele ordem direta do que escolher, como escolher, onde 

pulsar, como bater foi um exercício extremamente difícil, mas como todo exercício, 

saudavelmente satisfatório.
No último mês tenho vivido fortíssimas emoções, o coração começou a querer saltar pra 

fora do peito de tanta euforia.
A experiência de reencontrar amigos antigos, trouxe ao meu coração uma bomba, um 

turbilhão de experiências.
Emoção em altíssimo nível, a experiência em si tem sido gratificante, benéfica, saudável, 

libertadora e até terapêutica.
Com tudo isso aprendi mais uma importantíssima lição para manter saudável um coração, 

é preciso guardar bem o nosso coração dos desejos que não queremos ter, das emoções 

que não queremos mais viver, e quando isso acontecer é preciso estar bem treinado para 

identificar e decidir o que sentir.
Aprendi que posso amar mais puramente pela decisão de fazê-lo que pela emoção de 

viver.
Aprendi que na maioria das vezes terríveis, não são as experiências e emoções que 

vivemos, não são as palavras que dissemos, as decisões erradas que tomamos, os 

relacionamentos frustrados que tivemos...
A grande tragédia da vida são justamente as emoções reprimidas, as palavras nunca ditas, 

os beijos que nunca foram dados, os braços que não se abraçaram, os corações que nunca 

bateram como um só...
Num exercício aquilo que você deixa de fazer faz tão mal quanto aquilo que você faz em 

excesso.
No coração as emoções que você reprime podem fazer tão mal quanto àquelas pelas quais 

você se deixa levar.
O condicionamento de nossas emoções ao nível de maturidade e equilíbrio representado 

pelas decisões conscientes, é o que fará com que o nosso coração nos guie a lugares 

superiores de vida, nos fazendo experimentar um nível ainda mais elevado de amor e uma 

experiência ainda mais poderosa de vida.
"Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.' 

Provérbios 04:23
Bjo na alma,
Danielly Ramos.
Dedicado especialmente à família " "Gebeseis", e a todos que como nós são abençoados 

com um rol privilegiado de amigos/irmãos. Amo vocês pra sempre!


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