Sobre guerras e jardins.

No discurso, a liberdade de expressão...

Brasil...oh, pátria amada.

Nos palanques, os ânimos exaltados, hipócritas (não generalizando) vociferando palavras de ordem e progresso...

Na constituição o direito de organização de greve...

Um direito conquistado a sangue, suor e lágrimas daqueles que lutaram por mim quando eu ainda era apenas mais um bebê brasileiro. (http://www.planalto.gov.br/ccivIl_03/LEIS/L7783.htm).

Um direito legitimamente garantido desde 1989... Ohhhh, muito tempo?! Lógico que não, foi ainda a pouco, mas infelizmente os líderes do meu país insistem pra que eu tome a negligente pílula do esquecimento, viva o presente como se não tivesse havido um passado negro e recente, recuso-me a esquecer aquilo que não vivi, mas sei, e sei porque quero saber, eu me importo com a minha nação, e não vou me acostumar à notícias monstruosas, como essa que fez de um espaço chamado Centro Cívico parecer mais uma praça de guerra.

(http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/04/professores-sao-agredidos-pela-policia-no-parana/)

 No percurso brasileiro, nesse ritmo nauseante de um regime “ditatorial moderno” (às avessas) mascarado de democracia, onde alguns fingindo serem fracos, subjulgam a maioria realmente poderosa.

Não sei se me desespero mais pelas hipocrisias do dia a dia executivo que interpreta a mais de uma década o papel de revolucionários do bem, ou se me revolto com a apatia nacional que e conforma com a atual situação e se dispõem, se muito, fazer um superficial comentário.

Uma democracia desprovida de real liberdade é uma gaiola de portas abertas e pássaros de asas cortadas.

Enquanto esse país continuar sendo um país da memória curta, vamos continuar vivendo no país das maravilhas, e protagonizando filmes de guerra e terror.

Não sei (apesar de saber muito bem), se eu continuo fazendo pedagogia e luto para “fazer a diferença” (sonhar não custa nada...) ou se largo a faculdade e me candidato a presidência, afinal de contas, chegar lá não é difícil, difícil é alguém me tirar de lá! (babando ironia pelos cantos da boca).

Se meu país é maravilhoso?! É lógico que é!!!!!!!

Se tenho orgulho em pertencer a esta nação?! Lógico que sim!!!!!

Pátria amada, BRASIL!

Sou brasileira e não vou fugir a lutar, uso minha inteligência para ler, meu discernimento para analisar, meus olhos para observar, meu título para votar, minhas mãos para agir e a letra para lutar!

Eu ainda acredito num país justo, não utópico, eu disse JUSTO!

Eu ainda acredito no povo brasileiro e em todos aqueles que “acreditam nas flores vencendo o canhão...Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”

Escrevo e publico enquanto ainda posso fazer uso do meu direito a liberdade de expressão!!!!!!!!!!!!!

Faço o mesmo, tome uma posição, use o que você tem, do jeito que você pode, aonde você estiver e o mais rápido possível.

Com orgulho de ser brasileira de nascimento e coração,

Danielly N. B. Ramos.