DIA MUNDIAL DA FIBROMIALGIA
Eu
não poderia deixar de falar sobre o dia de hoje.
Hoje
não vi ninguém parabenizar o outro por estar vivo, não presenciei ninguém
recebendo elogios por sorrir, nem ser aplaudido por levantar da cama, tomar
banho frio, escovar os dentes e vestir roupas, não vi ninguém admirando outra
pessoa por sair de casa e ir trabalhar...
São coisas
comuns, tão simples, tão rotineiras, não são atos que costumam exigir tanto
esforço, ou ao menos não costuma ser considerado algo grandioso e cheio de heroísmo.
Na maioria das vezes fazemos quase sem perceber ou quase sem querer rsrsrs.
Mas,
pra mim essas coisas são um grande desafio. Enquanto muitos ao meu redor
reclamam por fazer hora extra, por não ter chuveiro elétrico, ficam de mau
humor por alguém ter lhe dito algo que não queria ou não gostou, eu estou
fazendo um esforço enorme para abraçar a dádiva de acordar mais um dia.
Hoje
foi o último dia de um Curso de Formação de Multiplicadores – Educação para o
Trânsito. Foi uma semana corrida, mas, muito proveitosa, amo desafios, amo
aprender, eu fiquei muito feliz quando minha chefinha me escolheu pra
representar nossa Creche no curso. Na noite de hoje foi o encerramento do
curso, mas, no fim da tarde a síndrome fibromiálgica atacou como quis e eu, me
rendi. Aprendi que pra vencer algumas batalhas você precisa aceitar alguns
tempos de trégua.
Por
um momento eu quis me entristecer, e quis comparar minha vida limitada a vida
de outras pessoas que nem sabem o quanto são ilimitadas... Mas...
Parei
de comparar minha vida com a vida das pessoas, para medir o quanto elas estavam
sendo ingratas egoístas ou tolas, ao invés de comparar minha vida com a vida de
outras pessoas comecei a comparar minha vida com a sobrevivência. O opositor da
vida não é a morte, é a sobrevivência. A maioria das pessoas só passam pela
vida, elas não estão vivendo de fato.
Que
ironia passar por uma situação assim logo no dia Mundial da Fibromialgia, mas,
não se engane este post não é para comemorar, pois ainda não há cura, nem
tratamento cem por cento eficiente, em contra partida não é um dia de lamúrias
ou um dia para a dó generalizada. Este é um dia para sensibilizar você sobre a
existência da síndrome fibromiálgica, ela existe e seus pacientes sentem dores
reais, não estão inventando ou fingindo, mais do que de sua compaixão, o
portador desta síndrome precisa de respeito.
Viver
é mais que suportar uma situação ou resistir a outras, viver é atuar ativamente
em situações que valorizem a vida, que faça cada ato, cada segundo, cada
encontro, cada oportunidade, por mais simples que ela ser o mais belo, o mais
prazeroso, o mais feliz do seu dia.
Um
encontro com alguém, um bom dia de quem ti faz bem, uma mensagem, um olhar,
cada ato de um ser vivo pode ser um ato de uma vida bem vivida.
Então,
Viva!!!
Danielly
Noronha.
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