Uma Versão de Mim
Sou o tipo de mulher que não vai se importar profundamente com o que você pensa sobre mim, principalmente se você estiver sendo injusto (a) comigo, não vou guardar mágoa quando você me ferir.
No primeiro momento, levada pelo susto e pela emoção do momento eu vou chorar, isso é quase certo, vou chorar pela injusta e pela dor da decepção, pois tenho sempre em alta estima e respeito aqueles que amo.
Contudo, apesar das lágrimas estarei feliz porque meu choro será de decepção com você e não comigo mesma.
E apesar de sensível demais, também tenho um lado debochado que vai provocar você pra que você continue pensando errado sobre mim, é tipo "quer pensar assim, então deixa eu te ajudar...?!", vou até deixar que você pense estar certo, vou inflar seu ego e observar como é tola e frágil sua personalidade que por insegurança precisa fazer de outra pessoa um vilão para abraçar a esperança de ser um protagonista em sua própria história.
Uma vez que você me desrespeite sem motivo, seu respeito não interessa mais pra mim, é dispensável.
Amar a si mesmo e se posicionar com segurança por vezes será confundido com soberba, mas não confunda humildade com languidez.
Ame a humildade, mas não seja frouxo diante de críticas destrutivas.
Pessoas inseguras têm medo de terem suas convicções confrontadas, sua capacidade questionada, elas precisam se sentir respeitas e aceitas, mais do que precisam de amor.
Eu prefiro amar, porque no amor há perfeição e num ato de respeito, às vezes, apenas medo.
É perigoso brincar com pessoas inseguras, elas podem tornar um carrossel em campo de guerra.
Um mal-entendido, uma má interpretação de texto e voilà , a terceira guerra mundial é instaurada.
Sou o tipo de mulher que quando está sendo atacada injustamente, vou levar na esportiva, vou dar a você o benefício do tempo de assimilação, vou deixar claro que você está errado, vou até deixar você achar que eu estou errada, mas se insistir no erro eu vou revidar com ironia, vou chasquear e provocar e a cada reação negativa sua, os vestígios do meu respeito por você desaparecerão.
Ainda amarei você por ser um ser humano, e ter falhas é natural, mas a minha admiração sai da sala quando a sua injustiça invade minha casa.
Na maioria das vezes vou me fazer de burra, de ignorante, vou dançar conforme a música, não vou me defender, só pra ver até onde sua ignorância pode te levar.
Meu maior defeito será fazer você ficar com mais raiva de mim, simplesmente ignorando suas ofensas, vou até brincar com elas e por certo vai virar piada, parece masoquismo, puro deboche, mas é só o prazer de sorrir enquanto vejo você desesperado(a) exigindo um respeito, que acabou de perder.
Quando a intolerância faz festa eu puxo a cadeira da flexibilidade pra sentar.
Não vou dizer muito em minha defesa, só merece meus argumentos quem realmente quer me conhecer e não quem busca apenas material para um debate que objetiva apenas ter razão.
Eu opto pela felicidade.
Dou a você a razão, a “vitória”, o “sucesso” sobre mim, e tudo o mais que sua insegurança emocional precisa pra fazer você se sentir melhor.
Alguns chamam isso de idiotice, burrice, quase sempre sou alertada de que estou sendo trouxa, sou motivada a não deixar “barato”, sou incentivada a responder à altura, argumentar, discutir e exigir respeito, (eu fiz isso algumas vezes, da última vez em 2015, eu me arrependi, muito desgaste) eu prefiro a paz das minhas ações, mesmo que minha mente esteja turbulenta, tudo se acalma dentro de mim quando escrevo, e diante de Deus meu coração está em paz.
Na vida eu prefiro a paz da minha consciência que o desgaste das minhas emoções, é impossível recuperar minha imagem quando vista por quem insiste em me enxergar pelo reflexo de si mesmo.
Pra mudar a forma como alguém me ver eu teria que mudar a forma como o outro se vê diante do mundo, mas essa mudança só acontece da alma para fora e não dos olhos para dentro.
Danny Noronha
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