A Fina Flor do Dengo
Rasgue a fina flor do dengo Despreze meu cheiro no vento Lava teu corpo tentando apagar minha marca Apaga das nuvens a imagem do amor que fizemos na chuva Uma pintura nublada mas, cheia de cor Num capricho do orgulho Limpa as gavetas dos meus vestígios Desapega dos vídeos, das fotos, das roupas, do gosto da sopa e dos meus velhos vestidos Me afugenta pra longe de ti Animal que perdeu o cio, me tratar como vil, não vai aliviar a saudade que te deixou por um fio Renega a bonança, que nela estampa a parceria, agora ociosa Rasgue a fina flor do dengo Rasga meu coração Despreza o tempo vivido comigo Difícil mesmo menino É amar, quem nunca foi teu amigo É encontrar abrigo No destino egoísta De uma alma arisca De um peito repleto de medo Distribuindo zelo, carente de amor Danny Noronha