Não foi fácil ser eu.

 Sobre a graça de viver tantas lutas, provações e tantos desafios e ainda assim manter a arte de sorrir e viver abraçada a felicidade.


Essa é só uma das coisas que eu aprendi nessa vida.


Houveram vários momentos na minha vida que eu pensei “acho que nasci pra sofrer”, e de todo coração, eu passei anos da minha vida convencida de que jamais chegaria a um nível de vida onde eu seria REALMENTE FELIZ.


Já vivi tantas coisas…

Toda vez que eu ouvia alguém narrando histórias de infância feliz, história de boas memórias paternas e maternas, quando ouvia pessoas citando momentos de aprendizagem do tipo “eu tinha tantos anos quando aprendi tal coisa, papai me ensinou isso ou aquilo, ou mamãe me ensinou isso ou aquilo”, eu ficava me sentindo um peixe fora d’água.


Eu ficava puxando pela memória, e tentando me desvencilhar das memórias ruins e me concentrar em algo bom, e era tão doloroso que eu preferia mudar de assunto ou sair de perto da conversa ou, às vezes, acontecia de a conversa mudar de rumo com a minha narrativa sobre alguma lembrança de medo, insegurança ou violência, era muito fácil para mim falar desses assuntos porque eram as únicas lembranças que me ocorriam.


Com o tempo comecei a perceber que era muito chato ficar perto de alguém como eu, alguém que só tinha histórias tristes para contar, histórias que deixavam as pessoas desconfortáveis, você passa a se sentir sozinha, rejeitada, incompreendida, envergonhada e até culpada, não é fácil lidar com quem você se tornou, então é compreensível que ninguém conseguisse lidar com uma realidade que não conheciam. Fora o egoísmo, a indiferença das pessoas existia também a minha própria inabilidade em lidar com a minha própria realidade.


Como diz a piada e o meme: não foi fácil ser eu hahahaha



Você não aprende na escola como lidar com suas mazelas emocionais, com suas memórias dolorosas, e nem com o seu passado não resolvido. Na verdade, na maioria das vezes, a escola é só mais um lugar hostil onde você vai passar os próximos anos da sua vida também tentando sobreviver e evitar ainda mais sofrimentos e rejeição e frustração.


Nunca tive acesso a nenhuma instituição pública que cuidasse de saúde emocional de crianças e adolescentes que sofrem com traumas na infância, ao menos não na minha época, então há milhares de adultos hoje, apenas sobrevivendo do seu passado, tentando construir uma história diferente da dos seus pais (e quase sempre falhando), e tentando de todas as formas superar o seu passado e a si mesmo.


Somado a isso tudo, existe ainda a realidade cultural em relação a traumas causados no seio familiar. Não sei na casa de vocês, mas na minha época “pais não erravam”, não era admissível que um filho se sentisse vítima de uma circunstância causada pelos pais. Isso é lamentável, porque muitas relações teriam sido salvas se a cultura da superioridade humana dos pais não existisse. 


Errar é humano e antes de serem pais, as pessoas são humanas, o respeito de uma criança não precisa ser conquistado pelo medo e autoritarismo, o amor, os limites, a coerência, geram mais respeito que qualquer outra coisa.


Se os direitos das crianças só foram reconhecidos na constituição nacional em 1988, imagina que dia a mentalidade sobre os direitos das crianças irá fazer parte da consciência humana?! Tá demorando...

Na minha época a “lei” era clara, “criança não tem voz, não tem vez, não tem direitos, não tem sentimentos machucados e muito menos traumas, isso não passava de ‘frescura e falta de surra’”.


Infelizmente não importa a intenção quando o caso é educação infantil, a criança vai absorver tudo, mesmo que a intenção dos pais seja apenas amar verdadeiramente.

Eu sinto pelos meus pais que não conseguiram aproveitar a minha infância (eles também sentem muito, hoje nossa relação é maravilhosa e restaurada) e também já senti muito pela infância que não tive.


Hoje me dedico a ensinar e alertar sobre a necessidade de sermos pais mais conscientes e responsáveis, e consequentemente mais felizes com suas vidas e relacionamentos. Através do processo de reeducação, eu lanço novos olhares e perspectivas sobre o que aprendemos sobre paternidade, família, educação de filhos, casamento, relacionamento interpessoal e intrapessoal.


O processo de reeducação emocional e espiritual, me trouxe cura para as feridas do passado, restauraram meus relacionamentos com os meus pais a tempo de aproveitarmos a vida adulta com muito amor e respeito. Esse processo me oportunizou educar minha filha com o número menor de erros quanto possível, me permitiu restaurar a relação com meus avós que também havia sido abalada na infância por diversos fatores, a reeducação me deu a possibilidade de transformação de vida e esperança de futuro, reconciliou meu coração ao coração de Deus Pai e me capacitou para ajudar centenas de pessoas, até hoje.


Se você também deseja ser feliz de verdade, ter um passado restaurado para seguir em frente e conquistar um futuro de liberdade, eu posso garantir que isso é possível, por experiência própria eu sei que é possível viver uma vida para além de apenas sobreviver. Não nascemos para ser o resultado de nossa educação apenas, nascemos para viver o resultado do que escolhemos reaprender, do que escolhemos ressignificar, do que escolhemos reeducar.


Viver uma vida reeducada emocionalmente e espiritualmente é uma escolha. Tome sua decisão e faça sua inscrição para próxima “Oficina Reeducação Emocional” e receba a ajuda que precisa para viver uma transformação na sua história de vida.


Um bjo na alma.

Danny Noronha


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